O governo, as centrais sindicais e as empreiteiras discutiram nesta terça-feira (29) as condições de trabalho nos canteiros de obra do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. Greves e rebeliões deixaram 80 mil trabalhadores parados.
Nos canteiros de obra da refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape, em Pernambuco, 28 mil operários estão parados. Nesta terça, a Justiça determinou a volta deles ao trabalho.
Na Usina São Domingos, no Mato Grosso do Sul, são mais de três mil operários em greve. Segundo os trabalhadores, houve atraso de salário. Na semana passada, seis pavilhões foram incendiados.
A rebelião mais grave foi no canteiro da Usina de Jirau, em Rondônia, com 22 mil funcionários. Há duas semanas, alojamentos e parte das instalações da usina foram destruídos. A Força Nacional de Segurança foi chamada e as obras estão paralisadas. O trabalho também parou na Usina de Santo Antônio, também em Rondônia.
Os trabalhadores querem mais segurança, alojamento e alimentação de melhor qualidade. Antes desses conflitos em Rondônia, procuradores do Ministério Público do Trabalho já vinham atuando para investigar denuncias de falta de segurança no trabalho. Segundo procuradores, os sindicatos não sabiam dos problemas que vinham ocorrendo e foram surpreendidos pela rebelião.
Em todo o país, são pelo menos seis grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento paralisadas e 80 mil trabalhadores com os braços cruzados. Nesta terça, o assunto foi discutido no Palácio do Planalto com as centrais sindicais e empresas responsáveis pelas obras. Os sindicalistas querem um acordo especial para as grandes obras.
“Uma espécie de acordo coletivo que valha para todas as obras do PAC, que, segundo o governo, são 12 mil obras”, diz o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.
As empresas dizem que há exagero: “As empresas têm convicção de que os canteiros que estão ali instalados são de ótima qualidade, alimentação. Se eventualmente está acontecendo um ou outro desvio, isso é pontual e que será corrigido sem dúvida nenhuma”, fala o presidente da Câmara Bras. Ind. da Construção, Paulo Safady.
O governo quer um acordo para acabar com conflitos: “Estabelecer um processo que se antecipe as crises e crie uma condição tal que essas rebeliões não sejam necessárias de novo, que voltem a acontecer”, diz o secretário-geral da presidência, o ministro Gilberto Carvalho.
Fonte:
http://g1.globo.com/jornal-naciona
Como a empresa de vocês garantem a segurança noc Canteiros de Obras?